Em entrevista ao jornal Folha de S. Paulo deste domingo (6), o ministro-chefe da Casa Civil, Aloizio Mercadante, afirmou que o governo precisa de mais tempo para resolver a crise econômica e defendeu a permanência de Joaquim Levy no Ministério da Fazenda. Levy tem sido alvo de críticas de integrantes do próprio governo após tentar instituir um novo imposto e novos cortes de gastos públicos.
“A crise internacional não permitiu que o governo realizasse [melhorias] num prazo de seis meses. Mas são quatro anos a cumprir. É preciso dar esse tempo”, disse o ministro à Folha. Ainda na entrevista, ele admitiu que o governo federal cometeu alguns equívocos na política econômica como a prorrogação de benefícios a determinados setores empresariais e a redução temporária de impostos.
“Fomos além do que podíamos na política anticíclica, na desoneração de impostos, no esforço de manter os investimentos, de manter os gastos”, declarou Mercadante. “Acho que poucos se deram conta da velocidade da queda das commodities no fim de 2014. Estávamos em intensa campanha, debatendo, viajando e, quando ela chegou ao fim, o mundo era outro. Isso impactou muito as finanças públicas”, complementou o ministro.
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Ainda na entrevista, ele ressaltou que o governo está “trabalhando” para cumprir a meta de superávit primário de 0,7% do PIB em 2016 apesar de ter encaminhado um Projeto de Lei Orçamentária Anual (PLOA) com um déficit fiscal de R$ 30,5 bilhões. Ele também confirmou a manutenção de Levy no cargo de ministro da Fazenda.
“A presidente deixou claro que o Joaquim faz parte do time, tem dado imensa contribuição. Ele tem uma virtude que acho muito importante: cuida das finanças com o mesmo rigor com que cuida das suas filhas”, disse o ministro.
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