Em sua sétima edição, o Fórum Social Mundial, que começa hoje, em Nairóbi (Quênia), receberá 30 representantes do governo brasileiro. O presidente Lula, no entanto, não comparecerá pela primeira vez desde a criação do evento. Ele optou por participar do Fórum Econômico Mundial que será realizado na semana que vem em Davos, Suíça.
A decisão do presidente causou perplexidade aos organizadores do Fórum Social. O ex-assessor da Presidência Oded Grajew, um dos idealizadores do encontro, realizado pela primeira vez em Porto Alegre (RS) em 2001, afirmou ao jornal Folha de S. Paulo que a coincidência de datas entre o Fórum Econômico e o Social é proposital para “fazer as pessoas escolherem seus caminhos, dizerem onde se sentem mais identificadas”.
O diretor do Instituto de Análises Sociais e Econômicas (Ibase), Cândido Grybowski disse ter ficado “perplexo” com a decisão de Lula. “Nós o tínhamos como parceiro desde o início. A ida de Lula a Davos não rompe nada, mas aprofunda esse estranhamento, esse distanciamento com a sociedade civil”, disse à Folha de S. Paulo.
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Mesmo sem a presença do presidente, os brasileiros levarão ao Fórum Social sugestões para a ampliação da produção da agricultura familiar, apresentando as experiências implantadas junto ao Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST).
O Bolsa Família e o Sistema Único de Assistência Social (Suas) serão outros programas apresentados.
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