Depois da reunião do Conselho de Desenvolvimento Econômico e Social, realizada hoje (6) no Palácio do Planalto, a equipe econômica do governo anunciou mais medidas como resposta à crise financeira internacional. Entre elas a ampliação de linhas de crédito para o setor produtivo e a extensão de prazo para o pagamento de impostos federais por parte das empresas – o que proporcionaria mais capital de giro para as pessoas jurídicas.
Em entrevista coletiva, o ministro da Fazenda, Guido Mantega, informou que o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) terá à disposição mais R$ 10 bilhões como reforço para eventuais empréstimos a empresas brasileiras. A assessoria de imprensa da Fazenda informou que o valor está na margem de repasse previsto para o banco, e que a crise financeira foi fator determinante para o acréscimo.
“São mais R$ 10 bilhões, além dos R$ 90 bilhões [originalmente estabelecidos para este ano] para manter os investimentos. Vai simplesmente dar condições de liquidez", disse Mantega, negando que a medida é “ajuda” ao banco e acrescentando que, desde o fim de outubro, quando o governo liberou R$ 5 bilhões de linhas de crédito, a crise já dá “sinais de arrefecimento”. "Nós vamos postergar as datas de pagamento de alguns tributos. Estamos fazendo algo que não é muito grande, porque senão impacta as contas públicas."
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Segundo Mantega, a linha de crédito cerca de R$ 4 bilhões do montante a ser destinado ao BNDES será reservado ao setor automobilístico, responsável por 25% do Produto Interno Bruto (PIB) industrial. A operação se dará via Banco do Brasil. O ministro justificou a atenção especial lembrando que o setor é movido a crédito, e que necessita de incentivos financeiros periódicos para manter a produtividade.
De acordo com a Associação Nacional de Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea), tanto a venda quanto a produção de carros sofreram forte queda em outubro, tanto em comparação ao mês anterior e quanto ao mesmo período de 2007. (Fábio Góis)
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