Jorge Solla afirmou que a articulação política do governo erra ao dar crédito à bancada peemedebista na Câmara. “O que está se pretendendo não é resolver a negociação da crise política, não é fortalecer o governo. É aproveitar um pouquinho da crise política para tirar dividendos”, disse.
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Dilma sinalizou com o Ministério da Saúde ao PMDB após encontro com o governador do Rio de Janeiro, Luiz Fernando Pezão. A bancada do partido na Câmara sugeriu três nomes à presidente: Manuel Júnior (PMDB), Marcelo Castro (PI) e Saraiva Felipe (MG) – todos deputados federais.
“Piratear”
O petista também ressaltou que os deputados do PMDB que disputam o comando do ministério não têm histórico de defesa do Sistema Único de Saúde (SUS). Para ele, o que está em jogo é o interesse de parlamentares do PMDB fluminense em reassumir a gestão de hospitais federais no Rio de Janeiro. “Desde já,quero manifestar nossa indignação e colocar nossa disposição para não permitir que se aproveite de um momento de dificuldade do governo para piratear – esse é o termo certo – uma rede tão importante como a do Rio, mantida pelo ministério”, emendou.
As críticas do deputado petista são uma reação ao desenho da reforma ministerial discutida pela presidente Dilma com o PMDB com o objetivo de fortalecer o apoio da bancada peemedebista na Câmara ao governo. A presidente ofereceu cinco ministérios ao partido. Pelas negociações, dois nomes serão preenchidos pela bancada do PMDB na Câmara, dois pela representação do partido no Senado. O quinto nome seria indicado em comum acordo de deputados e senadores.
Ex-secretário da Saúde de São Bernardo do Campo (SP), Arthur Chioro assumiu o ministério em janeiro de 2014 na cota do PT. E foi mantido para o início do segundo governo Dilma. “A depender do perfil do gestor, a Saúde é certamente a pasta mais suscetível a descontinuidades”, afirmou Jorge Solla.
Médico, o deputado baiano é um os representantes do PT na CPI da Petrobras, onde tem feito defesa ferrenha do governo Dilma.
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