O governo federal demitiu 288 servidores por suspeita de envolvimento em corrupção entre janeiro e novembro deste ano, uma média de 26 por mês em um total de 577 mil trabalhadores. O levantamento feito pelo jornal Folha de São Paulo junto à Controladoria-Geral da União (CGU) mostra que o índice é 12% menor em relação ao mesmo período de 2014, quando 329 funcionários públicos foram exonerados pela mesma razão.
Para Carlos Higino, ministro interino da CGU, uma parcela mínima dos servidores expulsos por corrupção é efetivamente punida. “Fizemos um levantamento, até 2008 ou 2009, e pouco menos de 3% eram mandados para a cadeia. Acredito que esse percentual se mantenha até hoje, por uma questão de celeridade dos processos no Judiciário”, calcula o ministro.
Em 2015 as pastas que mais demitiram funcionários por práticas de corrupção foram: Ministério do Trabalho e Previdência Social, Fazenda e Justiça. Os três são, historicamente, os ministérios que mais exoneram servidores por malfeitos nos 11 primeiros meses do ano.
No ano passado, entre janeiro e dezembro foram 363 expulsões de trabalhadores por corrupção, menos do que em 2013, quando foram 380. Em 2012 a corrupção foi a causa de 315 demissões, e em 2011 foram 361.
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