Segundo o instituto, os dados são favoráveis a Sartori, pois representam uma avaliação positiva em meio a um contexto desfavorável para vários setores da sociedade e à crise político-econômica vivida pelo governo federal, entre outros fatores. Dos 1.340 entrevistados neste mês, 39% rejeitam a administração do governador, enquanto o restante não soube opinar.
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Antes de se candidatar ao Palácio do Piratini, Sartori foi secretário do Trabalho no governo de Pedro Simon, deputado estadual e federal e, posteriormente, prefeito de Caxias do Sul por dois mandatos consecutivos. O novo governador foi eleito ano passado com 61% dos votos, enquanto seu principal adversário, Tarso Genro (PT), acumulou 38% dos votos.
Nenhum setor da sociedade rio-grandense desaprova a gestão de Sartori. Mas os jovens de 16 a 24 são os mais críticos em relação ao político: quase 46% da juventude gaúcha desaprovam a administração atual. Essa parcela dos entrevistados representa apenas 14% do total.
Um quinto dos entrevistados possui ensino superior, fração populacional que também aprova o governador do Rio Grande do Sul, mas por uma pequena diferença. Quando se considera a escolaridade dos entrevistados, 44,7% dos que frequentaram a universidade rejeitam Sartori.
Quanto ao desempenho do governador, a maioria das pessoas declara que o trabalho desenvolvido até agora está dentro do esperado. Os setores que mais aprovam a gestão do peemedebista são os homens, os idosos (60 anos ou mais) e os entrevistados cuja escolaridade corresponde ao ensino fundamental.
De acordo com a pesquisa, o estado ainda está divido quando o assunto é política, devido ao curto espaço de tempo em relação às eleições de 2014. Entre os que não escolheram Sartori no segundo turno, 74% afirma manter a decisão. Esse percentual tende a se equilibrar no transcorrer do mandato, explica o instituto.
Petistas à frente
Os gaúchos foram questionados sobre quem foi o melhor governador do estado. Olívio Dutra, eleito em 1999, foi escolhido por 20% dos entrevistados. Ele administrou o estado por um mandato e, em seguida, foi nomeado ministro de Cidades do governo Lula (2003-2010). As principais realizações de Olívio foram a criação a Universidade Estadual do Rio Grande do Sul (UERGS) e adoção do Orçamento Participativo. Com este mecanismo, a população poderia influenciar no orçamento público.
Tarso é considerado o segundo melhor governador da história do Palácio do Piratini, com 16% das preferências. O petista é antecessor de Sartori e não conseguiu a reeleição no pleito do ano passado. O também peemedebista Germano Rigotto fica em terceiro lugar nesta avaliação, com 15% dos votos. Germano assumiu o governo do Rio Grande do Sul em 2003, após representar o estado como deputado estadual, por dois mandatos, e deputado federal por três mandatos.
Legislativo
Os senadores gaúchos têm desempenho semelhante e regular, de acordo com o estudo. Ana Amélia (PP-RS) obteve a média de 5,7, considerado “10” como limite de notas. Paulo Paim (PT-RS) somou 5,6, assim como Lasier Martins (PDT-RS).
Murilo Hidalgo, diretor do Paraná Pesquisas, avalia que, apesar de a nota dos senadores ser praticamente igual, o pior desempenho deve ser atribuído a Lasier. O pedetista é estreante na política e logo em seu primeiro mandato eletivo ocupa o posto de senador. Lasier tem vantagem sobre Ana Amélia e Paulo porque ambos estão no meio do mandato, o que pode significar desgaste da gestão. A margem estimada de erro da pesquisa é de dois pontos e meio.
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