O governo aceitou renegociar até R$ 67 bilhões, dos 87 bilhões da dívida rural. Inicialmente, a proposta do Planalto era de renegociar, no máximo, R$ 56 bilhões dessa dívida (leia mais). O governo também deve aceitar renegociar até 30% da dívida dos produtores. A informação foi dada ao Congresso em Foco pelo senador Neuto de Conto (PMDB-SC), presidente da Comissão de Agricultura do Senado.
O senador peemedebista ressaltou que a agricultura responde por 36% das exportações brasileiras e por 1/3 do Produto Interno Bruto (PIB). “Esses números dizem tudo”, disse, ao explicar a ampliação de R$ 11 bilhões da renegociação da dívida rural.
Neuto e outros parlamentares reuniram-se nesta manhã com o ministro da Agricultura, Reinhold Stephanes. A proposta final para a renegociação da dívida agrícola será apresentada até a quinta-feira da próxima semana, dia 10. O secretário de Política Econômica do Ministério da Fazenda, Bernard Appy, também estava presente ao encontro.
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Atualmente, R$ 74 bilhões da dívida rural são de grandes produtores e R$ 13 bilhões provêm da agricultura familiar.
Neuto de Conto também afirmou que a proposta do governo ampliará o número de contratos atingidos, passando dos originais 2,1 milhões para 2,4 milhões. Outro ponto atendido pelo governo é a redução da taxa de juros, que passará de 10,5% para 7,75 %, além da criação de um fundo de cadastro – mecanismo que permite às seguradoras financiar a safra. “Se o agricultor produzir, terá dinheiro para pagar. Se não, por motivo de seca ou enchente, o seguro paga”, comemorou.
Uma nova reunião entre o ministro e os parlamentares será realizada na próxima terça-feira (8), para que os últimos detalhes da proposta sejam acertados. A proposta final será enviada ao Congresso por meio de medida provisória ou projeto de lei. (Rodolfo Torres)
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