O governador de Minas Gerais, Aécio Neves (PSDB), afirmou hoje (22), que os governadores não foram “consultados em relação a nenhuma das medidas” do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) do governo federal. Aécio acompanhou o lançamento do programa em Brasília.
“É importante que o Brasil cresça, é importante que gere mais empregos, que os estados se desenvolvam, mas eu acho que faltou uma consulta, um diálogo prévio com os governadores em relação aos investimentos dos estados”, afirmou o tucano.
O tucano destacou que a consulta seria “uma questão racional para que nós pudéssemos, inclusive, vincular ou comprometer os orçamentos estaduais ao orçamento federal, criar uma certa complementação dos investimentos dos estados, àqueles priorizados pelo governo federal."
De açodo com Aécio, o governo federal e os estados deveriam ter um diálogo mais próximo. “Eu acho que um dos problemas maiores do Brasil hoje é a falta de complementariedade, de vinculação dos investimentos dos estados com os investimentos da União”, disse.
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O governador de Santa Catarina, Luiz Henrique da Silveira (PMDB), também cobrou mais diálogo do governo federal com os governadores. “O governo federal não conversa conosco”, afirmou o peemedebista, que não está muito otimista em relação ao sucesso do plano.
“Na minha opinião, o PAC pode produzir uma ou outra reação positiva, mas não vai resolver o problema de inserção social e de segurança”, disse o governador catarinense à rádio CBN. O peemedebista não compareceu à cerimônia.
A governadora do Rio Grande do Sul, Yeda Crusius (PSDB), está otimista com a possibilidade de o PAC melhorar as condições do investimento e criar um ambiente psicológico favorável à expansão da economia. No entanto, Yeda fez coro ao governador de Minas.
“Haveria tempo para ouvir os governadores e incluir as nossas reivindicações. É claro que o governo priorizou o que ele tinha na cabeça. Apesar disso o programa é bom para o ‘destravamento’ não é por eu ser de um partido de oposição que faria disputa política com o governo federal”, afirmou a tucana.
O lado do governo
Segundo o governador da Bahia, Jaques Wagner (PT), o diálogo prévio com os governadores poderia ser contaminado pelo processo eleitoral de outubro. “A eleição poderia influir nesse debate, mas haverá outras oportunidades de discussão e alteração no Congresso”, afirmou o petista.
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