Rudolfo Lago
A senadora Gleisi Hoffmann (PT-PR) será a nova ministra da Casa Civil. Ela assume no lugar de Antonio Palocci, que pediu demissão na tarde de hoje (8), enfraquecido pelas denúncias de que enriqueceu muito rapidamente no período em que era deputado federal e coordenador da campanha de Dilma Rousseff à Presidência. Ex-diretora da Itaipu Binacional, Gleisi é mulher do ministro das Comunicações, Paulo Bernardo, que chegou a ser cotado para a Casa Civil no ano passado, na montagem do novo governo.
A entrada de Gleisi pode provocar outras mudanças no Ministério de Dilma. Senadora de primeiro mandato, Gleisi é considerada por alguns como muito verde para assumir uma função de coordenadora da articulação política do governo, como era função de Palocci. Assim, pensa-se na substituição também do ministro das Relações Institucionais, Luiz Sérgio. Ele pode vir a ser trocado por alguém com mais força para exercer a articulação política. A substituição de Luiz Sérgio, porém, não deve acontecer já. Fala-se também na possibilidade de saída de Paulo Bernardo do Ministério das Comunicações. Há quem julgue que a presença de um casal no primeiro escalão do governo poderia ser fonte de intrigas.
A escolha de Gleisi Hoffmann foi confirmada oficialmente em nota do Palácio do Planalto, publicada há pouco. Na nota, Dilma diz ainda “lamentar” a saída de Palocci.
Leia entrevista com Gleisi Hoffmann feita pelo Congresso em Foco
Leia abaixo a íntegra da nota do Planalto:
“Nota Oficial
A presidenta da República, Dilma Rousseff, recebeu na tarde de hoje carta em que o ministro Antonio Palocci solicita demissão da chefia da Casa Civil. A presidenta aceitou e lamenta a perda de tão importante colaborador.
A presidenta destacou a valiosa participação de Antonio Palocci em seu governo e agradece os inestimáveis serviços que prestou ao governo e ao país.
Também hoje, a presidenta convidou a senadora Gleisi Hoffmann para ocupar a chefia da Casa Civil da Presidência da República”.
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