Contrariando as expectativas criadas em torno das mudanças na legislação eleitoral, os gastos dos candidatos que disputaram os dois turnos das eleições presidenciais deste ano aumentaram significativamente em relação a 2002. Em valores atualizados, a campanha nacional do PT gastou R$ 52,4 milhões em 2002 e o dobro – R$ 104,3 milhões – este ano.
A campanha de Alckmin também relatou gastos muito superiores aos declarado por José Serra em 2002, algo em torno de 77%. Naquele ano, o tucano informou despesas de R$ 46,6 milhões (valor corrigido com a inflação). Alckmin, por sua vez, declarou ter usado R$ 81,9 milhões.
Juntas, as campanhas do petista e do tucano consumiram, este ano, R$ 186,23 milhões, arrecadaram R$ 156,45 milhões e deixaram dívidas de R$ 29,78 milhões. A campanha de Geraldo Alckmin comunicou ao TSE uma dívida de R$ 19,9 milhões. O comitê financeiro informou que gastou R$ 81,9 milhões e arrecadou R$ 62,02 milhões. A dívida será assumida pelo PSDB.
Mesmo tendo elevado em 133% a arrecadação este ano, em relação a 2002, passando de R$ 44,73 (valor corrigido com a inflação) para R$ 104,3 milhões, a campanha de Lula deixou uma dívida de R$ 9,87 milhões nas suas contas. O déficit foi assumido pelo PT. O valor assumido pelo PT será complementado por doações já "apalavradas" de empresas, segundo o presidente do partido, Marco Aurélio Garcia. O dinheiro deve entrar nos cofres petistas até o final do ano.
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