Após presidir a longa sessão do esforço concentrado de votações (leia abaixo), o presidente do Senado, Garibaldi Alves (PMDB-RN), disse ao Congresso em Foco, exatamente às 6h05 desta quinta-feira (18), que vai presidir a reunião do Congresso que votará o orçamento geral da União para 2009, aprovado na manhã de ontem (17) na Comissão Mista de Orçamento.
“Vou”, abreviou um eloqüente Garibaldi, surpreso em constatar que a reportagem o esperava para tirar a dúvida. Afinal, como a sessão do Congresso está marcada para as 10h – ou seja, dentro de pouco menos de quatro horas –, a noite (ou melhor, a manhã) de sono será curta, na hipótese de que ele confirme a otimista assertiva.
A monossilábica resposta de Garibaldi – acompanhada de um riso nem tão veemente quanto sua suposta certeza na volta às 10h para o Senado – foi um resultado natural da condução da ordem do dia, cujos últimos instantes mostravam que a voz (e a disposição) do presidente fraquejava.
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Mas não o bom humor. Nos últimos momentos da sessão, numa leitura protocolar, Garibaldi procurou saber se o senador Adelmir Santana (DEM-DF), autor de um requerimento de inclusão de pauta que acabara de ler, estava em plenário. “Ele está acamado”, informou o colega Magno Malta (PR-ES). “Ele está o quê?”, perguntou Garibaldi, franzindo o cenho, com nítido ar de exaustão. “Acamado”, repetiu Magno.
“Daqui a pouco quem vai estar acamados somos nós…”, brincou, lá pelas 5h30 desta manhã de quinta-feira.
A quarta-feira (17) foi mesmo peculiar para o senador potiguar. No início da tarde, a bancada do PMDB se reuniu e, em menos de duas horas de reunião, decidiu lançá-lo como o nome do partido para disputar com o petista Tião Viana (AC) a presidência do Senado. “O senhor já está devidamente apto, do ponto de vista da saúde, para continuar presidindo esta Casa”, observou Magno Malta, antes de desejar um “feliz natal” para Garibaldi e felicitar os pares pelo “esforço concentrado”. (Fábio Góis)
Confira os destaques do esforço concentrado:
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