Para o relator da CPI dos Bingos, senador Garibaldi Alves (PMDB-RN), o ex-tesoureiro do PT Delúbio Soares não acrescentou fatos novos em seu depoimento à comissão. "Ninguém fala mais nada", concluiu Garibaldi.
Delúbio não revelou nomes de outras pessoas envolvidas no esquema de arrecadação da recursos para o PT e para a campanha presidencial de 2002. "Eu nunca discuti este assunto com o presidente Lula."
A senadora Heloisa Helena (PSOL-AL) e o líder do PSDB, senador Arthur Virgílio (AM), disseram ao ex-tesoureiro que seria praticamente impossível uma única pessoa montar todo a operação sem a participação da cúpula do Palácio do Planalto. "Nem Lula? Nem Dirceu?", interveio o presidente da CPI dos Bingos, senador Efraim Morais (PFL-PB)."Não vou comentar", respondeu o ex-tesoureiro.
Na avaliação de Efraim, o próprio Delúbio teria envolvido indiretamente outras pessoas quando disse, no depoimento, que era o "responsável pela gestão" dos recursos e tinha "autorização política do diretório".
Delúbio disse não ter conhecimento de que empresas de bingo repassaram dinheiro para cobrir despesas da campanha do presidente Lula. Afirmou que não houve caixa dois na campanha de 2002 e que os empréstimos bancários feitos pelo PT se destinavam a cobrir "despesas não contabilizadas". "Isso é caixa dois?", perguntou Efraim Morais. "Não sei", respondeu.
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