O presidente Lula não pretende manter representantes do PTB e PL no conselho político do próximo governo. O presidente interino do PT, Marco Aurélio Garcia, disse que o conselho deverá ser composto por dirigentes do PT, PMDB, PCdoB, PRB e PSB. "O governo terá outro tipo de relacionamento com o PTB e o PL", afirmou Garcia, hoje (27) à tarde.
Lula se reuniu com os petebistas na semana passada quando informou que não poderá dialogar, como governo, com o partido enquanto o mesmo for dirigido pelo ex-deputado Roberto Jefferson (RJ). O PL também terá dificuldades em ter mais espaço no próximo mandato, uma vez que é comandado por Valdemar Costa Neto, que renunciou após ter admitido receber caixa dois do PT. Ainda assim, Lula deverá manter os partidos no primeiro escalão em troca de apoio no Congresso.
Reações
O deputado José Múcio (PE), líder do PTB na Câmara, disse que isolar o partido "não seria uma medida inteligente" da parte do governo. "Quero primeiro que [a decisão] seja oficializada para entender a nossa relação com o governo. Nós estamos votando com o governo e não acredito, não acho inteligente que sejamos isolados. Qual é a vantagem disso?", questionou o parlamentar.
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Múcio afirmou que as denúncias que atingiram membros do PTB não podem ser usadas como desculpas para um tratamento diferenciado ao partido. "Não há escândalo nem instalado nem em curso que envolva o partido", afirmou. "Não estamos reivindicando nada, vamos aguardar o presidente. Nós nos sentimos da base e votamos como se base fossemos", complementou.
O deputado Luciano Castro (RR), líder do PL na Câmara, também ressaltou que a legenda faz parte da base de apoio ao governo no Congresso. "Nós teremos 44 deputados e cinco senadores. Na votação da medida provisória dos aposentados, o PL foi o partido mais leal", disse.
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