O presidente interino do PT, Marco Aurélio Garcia, disse estar indignado com o inquérito da Polícia Federal que indiciou o senador Aloizio Mercadante no caso da tentativa de compra de dossiê contra candidatos tucanos. Em nota oficial do partido, Garcia ainda defende o tesoureiro da campanha de Mercadante ao governo paulista, José Giácomo Baccarin.
"O relatório policial é inconsistente e especulativo e tenta atribuir ao senador Mercadante e ao companheiro Baccarin o ônus de provar suas inocências, sem acusações consistentes", disse o presidente do PT.
Segundo Garcia, a Justiça barrará o indiciamento feito pelo delegado responsável, Diógenes Curado. "Eu não consigo compreender como que os delegados encontraram uma forma de incluir o Aloizio Mercadante, mas estou convencido de que ele é tão inocente como qualquer um de vocês [jornalistas] neste episódio", afirmou ele.
Para Garcia, a ação dos petistas “aloprados” – Jorge Lorenzetti, Osvaldo Bargas e Expedito Veloso – prejudicou as candidaturas majoritárias. Nenhum deles, entretanto, foi indiciado pela PF. "A Direção Nacional e o Senador Mercadante condenaram a iniciativa de alguns militantes do partido envolvidos na compra de supostos documentos, alheia a nossas práticas e que trouxeram enorme prejuízo a nossas candidaturas no âmbito federal e nos Estados, particularmente em São Paulo", comentou.
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