A Comissão de Segurança Pública e Combate ao Crime Organizado da Câmara desistiu, no fim da noite de ontem (19), de pedir informações à Polícia Federal sobre as irregularidades investigadas pela Operação Hurricane (furacão, em inglês). Para o presidente da comissão, deputado João Campos (PSDB-GO), a iniciativa poderia ser mal interpretada por causa das suspeitas de envolvimento de deputados com a máfia dos caça-níqueis.
"Como houve especulação quanto à possibilidade de parlamentares serem investigados, nós entendemos que não cabia mais a representação da Comissão de Segurança, sob pena de a sociedade fazer a leitura de que o objetivo seria acompanhar as investigações para fazer uma operação-abafa", explicou.
Na opinião do parlamentar, é mais coerente que denúncias contra deputados sejam avaliadas pela Corregedoria e pelo Conselho de Ética e Decoro Parlamentar. Em discurso no Plenário, o presidente da Casa, deputado Arlindo Chinaglia (PT-SP), também defendeu o mínimo envolvimento da Câmara com as investigações da PF (leia).
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A Comissão de Segurança, contudo, não desistiu da criação de uma comissão externa para acompanhar a operação. "A presença da Câmara é a garantia da independência da investigação e do bom andamento do inquérito", argumentou o deputado Paulo Pimenta (PT-RS). (Carol Ferrare)
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