Cedendo a pressões dos parlamentares do PT, o deputado Gustavo Fruet (PSDB-PR) afirmou que vai incluir o caso do senador tucano Eduardo Azeredo (MG) no relatório parcial da CPI dos Correios. Quando candidato ao governo do estado de Minas Gerais, em 1998, o senador e ex-presidente do PSDB teria sido beneficiado pelo esquema de financiamento irregular de campanhas montado pelo empresário Marcos Valério Fernandes de Souza.
Até então, o relatório da sub-relatoria de Fontes Financeiras citava o ex-tesoureiro do PT, Delúbio Soares, e Marcos Valério, suposto operador do mensalão. Fruet sugeria o indiciamento de ambos, mas não citava o colega de partido –o que vinha provocando um impasse com petistas. “Os dados disponíveis à CPI vão de 2001 a 2005. Os dados de 1998 ainda estão incompletos”, disse o deputado à agência de notícias Reuters. “Mas para acabar com essa discussão, vou incluir um capítulo chamado ‘investigações em curso’ e colocar os dados disponíveis e incluir o senador Azeredo e o depoimento do Cláudio Mourão”, admitiu. Mourão foi tesoureiro da campanha derrotada de Azeredo à reeleição de Minas Gerais e reconheceu ter obtido, por meio de Valério, recursos não-contabilizados.
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