Reportagem publicada pelo jornal Folha de S. Paulo de hoje (18) revela que o ex-assessor especial da Presidência Freud Godoy reuniu-se com o tesoureiro do diretório nacional do PT e coordenador de infra-estrutura da campanha do candidato à reeleição Lula, Paulo Ferreira, depois de prestar depoimento à Polícia Federal sobre a tentativa de compra do dossiê contra políticos tucanos.
Segundo o jornalista Rubens Valente, a reunião aconteceu no apartamento de José Carlos Espinoza, ex-chefe do Gabinete Regional da Presidência da República em São Paulo e um dos mais próximos assessores de Lula nas campanhas anteriores. “Espinoza deixou o cargo no início da atual disputa para exercer, no comitê do presidente em São Paulo, a função de encarregado da agenda do candidato à reeleição”, diz o jornalista.
O motivo e o conteúdo da reunião não foram divulgados. Em entrevista ao jornal, Espinoza, disse que o pedido do encontro partiu de Freud, com a intenção de discutir "o seu futuro no PT". Espinoza contou que Ferreira "tranqüilizou" Freud, mas negou que se tenha discutido auxílio financeiro a ele.
O advogado de Freud, Augusto Botelho, apresentou uma versão diferente. Argumentou que a iniciativa partiu do tesoureiro, Paulo Ferreira, que queria saber mais sobre o caso do dossiê. De acordo com a reportagem, o advogado se contradisse ao falar que não conhecia Espinoza. “Ao saber que o próprio Espinoza havia explicado à Folha que encontrou-se com ele horas antes da reunião com o tesoureiro, Botelho admitiu ter estado no prédio de Espinoza, na Mooca”, afirma o jornal.
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Segundo a última edição da revista "Veja", Freud e Espinoza tiveram uma reunião no dia 18, daquela vez na própria sede da superintendência da PF e com o preso Gedimar Pereira Passos, segundo uma carta enviada à revista por três delegados federais cujos nomes foram mantidos em sigilo.
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