Para o deputado Marcelo Freixo (PSB-RJ), líder do bloco da minoria na Câmara, a derrota do governo na votação do Destaque 6 para a PEC dos Precatórios representa um indicador de possível virada na maré do resultado da votação da proposta. “É um sinal de preocupação para eles, perder um destaque não estava nos planos deles. Pode ser que eles não tenham tantos votos quanto estavam imaginando”, declarou ao Congresso em Foco.
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Ainda com a aprovação do destaque, que remove o mecanismo da PEC que flexibilizava a aplicação da regra de ouro no Orçamento Anual, Freixo não está otimista quanto ao resultado final. “Falta muita coisa para ser votada, não temos como saber ainda quantos votos eles ganharam em relação ao primeiro turno, o quórum de hoje é maior, o que favorece a eles”, ponderou.
O fator determinante para saber se a PEC dos Precatórios poderá ou não ser aprovada em segundo turno é a capacidade entre os governistas e opositores de atrair as bancadas para seu lado. Freixo considera ser esse justamente o maior obstáculo para a articulação entre os que se opõem à proposta. “Nós conseguimos reverter algumas bancadas, mas está difícil, não conseguimos saber quem que eles reverteram. O resultado ainda é muito nebuloso”.
A ala governista já permanece otimista. “Essa PEC será aprovada com facilidade, basta olhar o quórum que temos hoje”, declarou o líder do governo na Câmara, Ricardo Barros (PP-PR) ao Congresso em Foco. Bibo Nunes (PSL-RS), vice-líder da bancada, concorda com Barros, e aposta em um resultado de 315 votos a favor no segundo turno, margem pouco maior do que a alcançada no turno anterior.
“Temos muitos que vão mudar para o nosso lado, bem mais do que o que vamos perder com a mudança do PDT, por exemplo”, afirmou Bibo Nunes. A maior chance de resistência, na avaliação do parlamentar, não está na votação da Câmara. “Se existir problema, será no Senado”.
PublicidadeGeneral Peternelli (PSL-SP) também está otimista para a aprovação da PEC dos Precatórios. “Eu acredito na possibilidade, vamos aguardar e tentando verificar com que ela beneficie os professores, que ela tenha um foco que beneficia os mais pobres com o novo Auxílio Brasil. Isso tudo pode levar a um resultado favorável”. A derrota do governo na votação do Destaque 6, que impede a flexibilização da regra de ouro no Orçamento Anual, não é inesperado para o deputado. “308 votos em todos os destaques não é algo tão simples”, antecipou.
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