Dificilmente os bancos repassarão para o custo dos empréstimos ou para as tarifas o aumento da Contribuição Social sobre Lucro Líquido (CSLL). A afirmação é do presidente da Federação Brasileira de Bancos (Febraban), Fabio Barbosa, que em nota, avaliou os reflexos que o pacote, anunciado nesta quarta-feira (2), pelo governo, deverá ter sobre as entidades financeiras.
A expectativa do Planalto é ter um ganho de R$ 2 bilhões com o reajuste de 9% para 15% da CSLL, que ainda precisa ser votada no Congresso Nacional.
“A concorrência no setor é muito acirrada e, por isso, dificilmente haverá espaço para repasses. Prova disso é a queda dos spreads médios [a diferença entre o custo de captação e o de aplicação dos bancos] em 2007”, diz Fábio Barbosa em trechos da nota.
Em relação ao aumento de 0,38% do Imposto sobre Operações Financeiras (IOF), Barbosa acredita que haverá um impacto direto no custo final dos empréstimos e financiamentos de pessoas e empresas.
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“Onerar o crédito acaba onerando os tomadores de empréstimos, que constituem uma base enorme de pessoas que estão tendo acesso ao consumo e ao investimento”, avalia.
Segundo ele, no entanto, o aumento do custo do dinheiro terá um reflexo menor sobre a expansão do crédito. “O fator principal é a situação do sistema financeiro internacional, o efeito da crise do “subprime” [créditos que têm baixa garantia de pagamento] na economia mundial e seu conseqüente impacto na economia brasileira”. (Erich Decat)
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