Mário Coelho
Por ter colonizado o Haiti, a França deve ter um papel de protagonista na reconstrução do Haiti. A opinião é do presidente da Comissão de Relações Exteriores (CRE) do Senado, Eduardo Azeredo (PSDB-MG). Para o tucano, os franceses têm pouca participação na ajuda aos haitinos e na reconstrução do país. Na opinião do senador, o Brasil deve ser o responsável, já que lidera as forças de paz, a levar a França e outras nações para ajudar o Haiti.
Para o presidente da CRE, o Brasil está fazendo tudo o que é possível neste primeiro momento. O governo federal vai repassar US$ 15 milhões para o país vizinho nos próximos dias. Além disso, enviou aviões para ajudar no transporte de vítimas e técnicos militares e civis para trabalharem ao lado dos haitianos no resgaste e na reconstrução da capital, Porto Príncipe. Também foram mandados mantimentos e remédios para o país caribenho.
“O governo está fazendo tudo que é necessário nesse momento. Mas, em um segundo momento, o Brasil precisa mobilizar mais outros países para ajudar, em especial a França”, disse Azeredo ao Congresso em Foco. O tucano esteve, em missão da CRE, no Haiti em agosto. Disse que a Força de Paz da Organização das Nações Unidas (ONU) conseguiu reduzir drasticamente os casos de violência no país. Porém, neste momento, de acordo com o senador, é preciso redobrar os cuidados para não ocorrerem saques e novas ondas de violência.
Segundo a Cruz Vermelha internacional, o total de pessoas afetadas pelo terremoto que atingiu o Haiti pode chegar a 3 milhões. Vários edifícios desmoronaram na capital haitiana, Porto Príncipe, entre eles o palácio presidencial e a sede da missão da Organização das Nacões Unidas (ONU) no país. Já foi confirmada a morte de 11 militares brasileiros integrantes da Minustah, a força de paz da Organização das Nações Unidas (ONU) no país. O Brasil comanda a Minustah e conta com 1,2 mil dos 7 mil soldados que integram a força no país. Também foi confirmada a morte de soldados jordanianos e chineses.
Há 1.310 brasileiros no Haiti, dos quais 1.250 são militares servindo nas forças de paz da Organização das Nações Unidas (ONU), segundo o Itamaraty. O mais grave abalo aconteceu ontem por volta das 17h (horário local) e não destruiu a Embaixada do Brasil em Porto Príncipe, mas causou rachaduras e várias danificações no prédio. Por segurança, os funcionários deixaram o local e foram alojados no centro cultural Brasil-Haiti. Não há informações de funcionários da embaixada feridos ou desaparecidos.
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