O Fórum Social Mundial, realizado em Belém, no Pará, terminou neste domingo (1º) em clima de otimismo. Em cinco dias de debates e oficinas, militantes de esquerda, representantes de ONGs, sindicalistas, intelectuais e pessoas ligadas às causas sociais estiveram envolvidos, sobretudo, em discussões a cerca da crise econômica mundial e dos problemas ambientais.
“Olhando para esse fórum, a combinação de Amazônia e devido à crise financeira, podemos dizer que ele foi um marco na utopia de um novo mundo. A falta do que propor pelo Fórum Econômico Mundial [em Davos] nos levou a ocupar um enorme eco”, avaliou o sociólogo e diretor-geral do Instituto Brasileiro de Análises Sociais e Econômicas (Ibase), Cândido Grzybowski.
Realizado pela primeira vez na Amazônia, o fórum é o maior espaço de debates e articulação de movimentos sociais no mundo. Nesta edição, participaram do encontro 135 mil pessoas. Destas, 4,8 mil eram voluntários, 5,2 mil expositores de tendas, mil eram artistas, 4,5 mil profissionais da imprensa.
O encontro de dimensões continentais contou com 2,3 mil atividades realizadas, em sua maioria, durante três dias. "O fórum não é uma entidade. Dentro do fórum, há várias entidades, e o conselho funciona para a facilitação do encontro", disse Cândido. "Daqui não saem decisões fechadas. Não queremos fazer a velha política. A gente quer uma nova cultura política, não quer que ninguém seja dirigente de ninguém", declarou.
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As atividades do fórum são organizadas por instituições, movimentos sociais, ONGs e grupos independentes. Nesse modelo, cada um apresenta o seu debate, expõe as suas idéias e cria suas propostas e ações, o que torna difícil definir o perfil único do encontro. Este ano, 5,8 mil entidades e organizações se inscreveram no fórum. Entre elas, 4.193 eram de países da América do Sul, 491 de nações européias, 489 de países africanos, 334 da Ásia, 155 da América do Norte, 119 da América Central e 27 de países da Oceania. (Renata Camargo)
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