Rodolfo Torres
Exibido na semana passada na abertura do 42º Festival de Brasília do Cinema Brasileiro, o filme “Lula, o filho do Brasil” – que retrata a trajetória de vida do presidente – ainda provoca discussões no plenário na Câmara.
O líder do DEM na Casa, Ronaldo Caiado (GO), subiu à tribuna para informar que encaminhará uma série de requerimentos ao governo solicitando informações sobre os contratos que as 16 empresas financiadoras da película têm com o governo federal.
“O governo Lula passou a ser uma grande SA. É uma grande incorporadora de empresas. Aqueles que não estão sob sua guarda, sob sua tutela, não têm como sobreviver. São perseguidas por uma polícia política e por parte da Receita Federal”, disparou o oposicionista, ressaltando que as empresas não patrocinaram o filme “por amor à arte”.
“Nós já assistimos a esse filme. Quando começa por aí, sinaliza o que está acontecendo na Venezuela… Nós estamos desconstruindo a democracia, confundindo o público com o privado.”
Após a fala de Caiado, o líder do governo na Câmara, Henrique Fontana (PT-RS), destacou que talvez o desejo do líder oposicionista seja o da “censura”. Para o petista, a oposição tem uma visão elitista e preconceituosa sobre a “singularidade da vida de um brasileiro que chegou à Presidência da República”.
Patrocinaram o filme sobre Lula as seguintes empresas: Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (Senai), Volkswagen, Camargo Corrêa, GDF Suez, Grupo EBX, OAS, Brahma, Odebrecht, Hyundai, Souza Cruz, Grupo JBS Friboi, Neoenergia, Estre Ambiental AS, CPFL Energia, Grendene, e OI Telecomunicações.
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