A filha do vice-presidente Michel Temer, Luciana Temer, vê com cautela a possibilidade de seu pai assumir a Presidência da República com o impeachment da presidente Dilma Rousseff. Segundo ela, a aprovação do impedimento da petista “não seria algo positivo à estabilidade democrática do país”. “O impeachment não é algo bom em lugar nenhum. Não se pode comemorar, já que 24 anos é um tempo muito curto de sustentação democrática para você ter dois impedimentos”, disse Luciana a alunos do curso de direito da PUC-SP. A informação é da Folha de S.Paulo.
Professora de Direito Constitucional há cerca de 20 anos, Luciana refutou a tese defendida pela presidente e por petistas de que o impeachment é um “golpe”. “Este processo, porém, é um processo com bases jurídicas. É errado dizer que isso é um golpe, já que há uma previsão constitucional”, afirmou, em alusão às suspeitas de que as pedaladas fiscais constituem crime de responsabilidade. Para ela, golpe seria antecipar as eleições. “Uma nova eleição é golpe, pois não está prevista na Constituição”, ressaltou.
Secretária de Assistência e Desenvolvimento Social do prefeito de São Paulo, Fernando Haddad (PT), Luciana não quis se manifestar sobre o assunto ao ser procurada pela Folha.
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Haddad manteve Luciana em seu secretariado mesmo com o rompimento do PMDB com o governo Dilma. “Luciana é indicação pessoal do prefeito Fernando Haddad e é secretária pelo seu perfil técnico”, justificou ao Congresso Em Foco o secretário de Comunicação da prefeitura, Nunzio Briguglio Filho.
Segundo ele, Haddad não pediu para que Luciana Temer saísse do PMDB para continuar no comando da pasta de Assistência e Desenvolvimento Social. Ainda de acordo com Nunzio, Luciana informou que não pretende se desfiliar do PMDB no momento.
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