Sem poupar críticas ao presidente Lula (PT), o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso (PSDB) afirmou hoje (23) que a campanha petista usa técnicas do nazismo para vencer a corrida pelo Planalto. Referindo-se a Joseph Göebbels, ministro da Propaganda do ditador Adolf Hitler, o tucano disse que os petistas "não se cansam de repetir mentiras".
"Não se cansam de repetir mentiras, na velha técnica nazista de mente, mente, mente que pega. E pega mesmo, porque Hitler foi eleito. E depois?", afirmou FHC, em evento de apoio ao presidenciável do PSDB, Geraldo Alckmin, que contou com a participação de 1.300 lideranças empresariais e políticos tucanos e pefelistas.
O ex-presidente chamou Lula, que disputa a reeleição, de fanfarrão e afirmou que o petista se apodera das conquistas de governos anteriores. "Temos outro fanfarrão. Conta prosa, prosa. Sai na televisão que [os petistas] ganharam em tudo, fizeram isso, fizeram aquilo, uma cortina de fumaça", disse FHC, ressaltando, em seguida, as duas eleições em que derrotou Lula.
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Debate
O evento, realizado no Clube Pinheiros, região nobre da capital paulista, marcou o início da última semana da campanha de Alckmin antes do segundo turno, marcado para domingo (29). O candidato prepara-se agora para o debate entre os presidenciáveis que será promovido hoje, a partir das 22h30, pela TV Record.
Aliados do tucano defendem que ele eleve o tom das críticas contra o presidente Lula esta noite. Para o presidente do PPS, deputado Roberto Freire (PE), os escândalos do atual governo não podem sair da agenda eleitoral. "As denúncias têm que pautar o debate. Não adianta fugir disso, é a realidade. Tem que mostrar que se o Lula for reeleito será um desastre para a República brasileira. Dizer que se cansou desse discurso de que nunca sabe de nada", pregou.
O senador Heráclito Fortes (PFL-PI), coordenador da campanha tucana no Nordeste, ressaltou que Alckmin deve valorizar o fato de que fala espontaneamente nos debates, ao contrário de Lula, que tem lido as perguntas nos últimos confrontos entre presidenciáveis. "Ele leva um script pronto, tem um cardápio de informações, inclusive com as perguntas escritas."
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