Carol Oliveira
O ex-presidente Fernando Henrique Cardoso (PSDB) participou, nesta terça-feira (20), da sessão solene do Congresso Nacional, em homenagem aos 20 anos do Plano Real. Considerado pai do plano econômico, FHC discursou na tribuna do Senado e não abriu mão de fazer críticas à política econômica do governo Dilma.
Apesar de dizer que não gosta de fazer discursos partidários, o tucano afirmou que o momento é de renovação eleitoral. “Já está passando da hora. Há momentos que precisa renovar. A democracia requer renovação. O Brasil está precisando de ar novo, de sangue novo. A minha geração já passou, nós já morremos. Não dá mais, tem que passar para outra geração. O Brasil tem muita gente jovem”, declarou.
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A sessão foi convocada a pedido do deputado Luiz Carlos Hauly (PSDB-PR) e do senador Aécio Neves (PSDB-MG), pré-candidato do partido à Presidência da República. FHC afirmou que os indicadores econômicos do país são desanimadores e que a população está descontente, o que sinaliza um momento de mudança. “Alguma coisa está desengonçada”, disse, ao se referir às constantes manifestações país afora.
Chamado de presidente das privatizações pelos petistas, FHC disse que, embora ela não admita, a presidenta Dilma também tem recorrido a esse expediente por meio de concessões para a iniciativa privada de portos, aeroportos e estradas. “Eu sou do lado do otimismo, mas sou realista. Tem que dizer a verdade ao povo brasileiro. A gente governa com capitais privados.”
Fernando Henrique era o ministro da Fazenda quando o Plano Real foi lançado, em 1994, durante o governo Itamar Franco. Em discurso proferido antes dele, Aécio elevou o tom dos ataques ao PT e ao governo Dilma. Segundo o pré-candidato à Presidência, a estabilidade da moeda está em risco e o país está ameaçado pela hiperinflação. “Os 12 anos de governo do PT levaram o Brasil a estar mergulhado em desesperança”, discursou.
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