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As investigações detalham que Pimentel recebeu propina quando ocupava o cargo de ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior para liberar o pedido à empreiteira. Com base na delação premiada do empresário Benedito Oliveira – mais conhecido como Bené – a PF avalia um acordo feito entre a Odebrecht e o governador que, de acordo com Bené, começaram em 2013, quando a empresa de Marcelo indicou que financiaria a campanha eleitoral do político em 2014.
Bené disse ainda que Pimentel pediu de R$ 20 milhões a R$ 25 milhões. Entretanto, a diretoria da Odebrecht só liberou R$ 12 milhões e a maior parte do pagamento foi feita em dinheiro.
Em nota, a defesa do governador de Minas Gerais afirmou que o indiciamento não tem efeito já que é um ato de “convencimento da autoridade policial”. Para a equipe do governador, “o STF, por maioria esmagadora, afirma a impossibilidade desse indiciamento”.
“Mas isso não inibe quem quer antecipar culpa, a todo custo. Chega a ser risível a “coincidência” que vai se repetindo a cada dia em que se designa novas datas para o prosseguimento do julgamento dos recursos da defesa no STJ. Sempre vem uma nova operação ou novo indiciamento. Estamos aguardando o julgamento de nossas questões de ordem que demonstrarão as absolutas ilegalidades dessa operação e da colaboração premiada. Nessa, trocou-se um pacote de crimes de toda espécie por um ano de domiciliar. Violação da primeira à última letra da Lei”, destaca a nota.
Acrônimo
As investigações da Operação Acrônimo começaram em outubro de 2014, quando agentes federais apreenderam R$ 113 mil em uma aeronave que chegava ao Aeroporto Internacional de Brasília Juscelino Kubitschek. Na época, a PF informou que tinha como foco o combate a uma organização criminosa investigada por lavagem de dinheiro e desvios de recursos públicos.
Entre os presos estava Benedito de Oliveira Neto, conhecido como Bené, dono da Gráfica Brasil. Naquele ano, Bené atuou na campanha do então candidato e atual governador de Minas Gerais, Fernando Pimentel.
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