Renata Camargo
A Mesa da Câmara decidiu nesta quinta-feira (5) arquivar denúncia contra o deputado Eugênio Rabelo (PP-CE), acusado de envolvimento em um esquema de venda de passagens áreas na Câmara, conhecido como “farra das passagens”. A Mesa seguiu a recomendação da comissão de sindicância que investigou o caso e que concluiu pela inocência de Rabelo.
O corregedor da Câmara, deputado ACM Neto (DEM-BA), disse que ficou comprovada a venda de passagens feitas por meio da cota dos deputados, mas que não ficou provado que houve participação de deputados, apesar da participação de funcionários dos gabinetes. “Que houve o esquema, isso é inequívoco. Mas os dois deputados que foram investigados não tiveram participação direta”, afirmou.
A Mesa se reuniu hoje também para decidir sobre o envolvimento do deputado Paulo Roberto Pereira (PTB-RS) no esquema de venda de passagens. A decisão da diretoria, no entanto, foi adiada por um pedido de vista do quarto secretário, deputado Nelson Marquezelli (PTB-SP). A comissão de sindicância recomendou a abertura de processo contra o parlamentar no Conselho de Ética.
Mas a denúncia contra Roberto Pereira, segundo o corregedor, não é com relação ao esquema de venda de passagens, mas por causa de contratações irregulares de servidores públicos. O deputado é suspeito de empregar em seu gabinete dois funcionários fantasmas, que recebiam sem trabalhar efetivamente.
Segundo o corregedor da Câmara, as investigações da comissão de sindicância continuam. “A comissão não vai encerrar os trabalhos, porque possivelmente outros parlamentares podem ser ainda objeto de investigações nesse episódio”, considerou. A posição em relação ao caso de Roberto Pereira pode ser tomada na próxima semana.
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