A família do senador Valmir Amaral (PTB) é acusada de poluir o Lago Paranoá, localizado em Brasília, com fezes de animais que o pai do senador cria em casa, na QL 8 do Lago Sul, bairro nobre da capital federal.
O empresário Dalmo Amaral, pai de Valmir, foi notificado ontem pela Secretaria de Meio Ambiente e Recursos Hídricos (Semarh) e tem até as 13h de hoje para retirar o cano por onde saem os excrementos. A informação foi divulgada no jornal Correio Braziliense de hoje (19).
Conforme a reportagem, a família Amaral despejava os excrementos dos animais (um casal de llamas, gansos, patos, um pônei e emas) dentro do espelho d’água, poluindo-o com coliformes fecais. A irregularidade só foi descoberta, porque voluntários que participaram do Dia Mundial da Limpeza desconfiaram, no último sábado, que a tubulação despejava esgoto no lago.
"Sabemos que o lugar não é um dos mais limpos do lago. Os mergulhadores ficaram com medo de uma possível doença de pele", afirmou Marco Aurélio Gonçalves, coordenador da ONG EcoAtitude Ações Ambientais, organizadora do evento em Brasília.
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Segundo Marco Aurélio, a família do senador também polui o lago com lixo. Os integrantes da ONG flagraram um empregado dos Amaral jogando, por cima da cerca, uma sacola plástica com plástico, metais e restos de comida diretamente na água.
O secretário de Meio Ambiente do DF, Rubens Martins, disse que a canalização das fezes foi desligada após a Semarh notificar o dono da casa. "Amanhã (hoje) o fiscal vai retornar ao local, logo cedo, para monitorar o que será feito. Se nenhuma providência for tomada, vamos lacrar esse cano. É uma questão de honra", declarou. "O governo gastou muito dinheiro para despoluir o lago e não vai admitir que ele fique sujo de novo," acrescentou.
O senador Valmir Amaral negou o lançamento fezes e lixo no Lago Paranoá."Essas acusações são mentirosas. Jamais iria poluir a água que minha família usufrui. Meus filhos nadam ali e eu ando de lancha e jet ski nos finais de semana". O senador garantiu que funcionários são pagos para limpar a sujeira dos animais, que só ficam na grama da casa.
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