A deputada Zulaiê Cobra (PSDB-SP) confessou, nesta tarde, não ter obtido o número suficiente de assinaturas de deputados para garantir a continuidade da CPI do Mensalão. Ela e o deputado Luiz Antônio Fleury Filho (PTB-SP) comandavam o recolhimento de assinaturas na Câmara. Pela manhã, haviam recolhido 122 assinaturas de deputados e 35 de senadores. São necessárias 171 de deputados e 27 de senadores.
O relator da comissão, deputado Ibrahim Abi-Ackel (PP-MG), considera problemática a prorrogação da CPI, diante da falta de parlamentares em Brasília. O presidente da CPI, senador Amir Lando (PMDB-RO), discorda e cobra as assinaturas dos deputados governistas. "Gente para assinar não falta. Basta o PT assinar", afirmou.
Se o processo não correr como esperado, ou seja, se o total de assinaturas não for alcançado, Abi-Ackel já avisou que vai ler o relatório final da comissão e ressaltar que seria preciso mais tempo para concluir os trabalhos. O documento nem deve chegar a ser votado, por falta de quorum.
O secretário-geral da Mesa Diretora do Senado, Raimundo Carreiro, que subsidia a presidência da Casa em decisões referentes à aplicação do regimento, afirmou que a CPI do Mensalão terminou ontem e, por isso, não poderia mais ser prorrogada.
Leia também
Mas os integrantes da comissão discordam. Para Amir Lando, o primeiro dia de funcionamento da CPI tem de ser contado 24 horas após a sua instalação. Assim, a CPI teria começado oficialmente em 21 de julho e, portanto, teria de ser encerrada em 17 de novembro, isto é, após 120 dias de funcionamento.
Deixe um comentário