O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Edson Fachin autorizou a abertura de inquérito contra o senador tucano Paulo Bauer (PSDB-SC). O ministro deu aval para investigação, com base em delação premiada de Nelson Mello, ex-executivo da Hypermarcas. A investigação, que teve origem na Operação Lava Jato, foi retirada do âmbito da operação por não ter relação com desvios na Petrobras, mas continua sob a relatoria de Fachin. Em nota, o senador afirma que “considera a abertura de inquérito “é uma etapa natural dos procedimentos da Justiça” (leia a íntegra abaixo).
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Segundo o delator, Bauer recebeu da empresa cerca de R$ 11,5 milhões por meio de contratos fictícios. Os recursos, destinados à campanha do tucano ao governo de Santa Catarina em 2014, foram pagos entre 2013 e 2015.
A investigação também inclui o ex-assessor parlamentar de Bauer, Marcos Antonio Maser, que teria indicado as empresas para recebimento dos valores e o próprio delator Nelson Mello.
Inquérito no Supremo
No início da semana retrasada, a presidente do STF, ministra Cármen Lúcia, determinou que a investigação fosse mantida no âmbito do Supremo, após consulta do relator Fachin. No início de maio, o STF restringiu o foro privilegiado de parlamentares para crimes cometidos durante ou em razão do cargo.
Desde então, processos contra parlamentares têm sido enviados para instâncias inferiores.
Leia a íntegra da nota de Paulo Bauer:
“Considero que a abertura de inquérito é uma etapa natural dos procedimentos da Justiça. Estou à disposição para, no momento em que for chamado, prestar esclarecimentos e comprovar a improcedência dos fatos narrados pelo delator.
Paulo Bauer”
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*Texto atualizado às 20h16 para correções e acréscimo de informações.
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