Até agora voltada exclusivamente para a análise da participação de parlamentares ou ex-parlamentares na chamada máfia das ambulâncias, a CPI dos Sanguessugas está prestes a inaugurar outra frente de investigações. O objetivo será apurar a responsabilidade do governo federal e de seus funcionários ou ex-funcionários nas fraudes.
Foi o que anunciou nesta segunda-feira (31) pela manhã o relator da CPI, senador Amir Lando (PMDB-RO). Segundo ele, caberá a uma nova sub-relatoria investigar a participação do Poder Executivo no esquema de corrupção. Os trabalhos, completou o relator, começarão imediatamente e prosseguirão até depois das eleições. O nome do responsável pela sub-relatoria ainda não foi decidido.
Amir Lando acrescentou que os ex-ministros da Saúde Humberto Costa (PT-PE) e Saraiva Felipe (PMDB-MG) serão chamados para depor na CPI. A sub-relatoria também investigará os ministérios das Comunicações, da Educação e da Ciência e Tecnologia. "Eu entendo que essa sub-relatoria terá ampla competência para ouvir todos os implicados", afirmou Amir Lando.
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Vedoin tem depoimento adiado
O relator chegou a confirmar pela manhã que a CPI ouviria nesta terça-feira (1º) o empresário Luiz Antônio Vedoin, sócio da Planam e um dos coordenadores do esquema ilegal, que envolvia o pagamento de propinas a parlamentares com o objetivo de garantir recursos federais para a aquisição de ambulâncias superfaturadas destinadas às prefeituras municipais. Mas o depoimento, marcado para ser realizado na superintendência da Polícia Federal, em Brasília, foi adiado sem data definida.
Era esperado também que o sub-relator de sistematização da CPI, deputado Carlos Sampaio (PSDB-SP), apresentasse um relatório sobre os primeiros resultados dos trabalhos da comissão.
De acordo com matéria publicada nesta segunda-feira pelo jornal Folha de S. Paulo, 128 parlamentares e ex-parlamentares federais estão envolvidos no escândalo (veja a lista).
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