Em depoimento na sub-relatoria de Fundos de Pensão da CPI dos Correios, o ex-presidente do Nucleos (fundo de pensão dos funcionários da Eletronuclear) Paulo Roberto de Almeida Figueiredo disse que escolheu a ex-gerente de investimento da entidade Fabiana Carnaval Carneiro por critérios técnicos, e não por indicação política.
Ela é acusada de participar de um suposto esquema que provocou prejuízos a diversos fundos de pensão patrocinados por empresas estatais. Fabiana ocupou o cargo durante a gestão de Figueiredo, encerrada em março de 2005.
Segundo o ex-presidente do Nucleos, também não houve ingerência sobre a decisão do fundo de investir R$ 1,8 milhão em certificados de depósitos bancários (CDBs) do Banco Santos um mês antes da intervenção do Banco Central (BC), ocorrida em novembro de 2004. Figueiredo justificou a aplicação como contrapartida pela administração de cartões de crédito para participantes do fundo. A intervenção do BC teria causado prejuízos de aproximadamente R$ 7 milhões ao Nucleos.
O ex-presidente disse ainda que outro prejuízo, de RR 22 milhões, verificado nas contas do fundo, por meio de auditoria, faz parte de uma ação indenizatória movida pela atual diretoria contra as gestões anteriores.
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Figueiredo afirmou, ainda, que nunca manteve encontros com o ex-ministro Luiz Gushiken, que chefiou a Secretaria de Comunicação e Gestão Estratégica, ou com o ex-dirigente do PT Marcelo Sereno. O sub-relator de Fundos de Pensão, deputado Antonio Carlos Magalhães Neto (PFL-BA), suspeita que os petistas estejam por trás da indicação de Figueiredo e Fabiana para o comando do Nucleos.
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