Autor de acusações sobre favorecimento político na distribuição de verbas publicitárias da Nossa Caixa, Eliel Ferreira, ex-gerente da instituição, agora a denuncia por ter quebrado ilegalmente seu sigilo bancário. A informação é publicada hoje em matéria, de Frederico Vasconcelos, no jornal Folha de S. Paulo.
Eliel, demitido por justa causa, entrou com ação trabalhista pedindo reintegração aos quadros da Nossa Caixa. Para ele, a demissão foi “retaliação”: “Muito antes de sofrer duas sindicâncias, participei ativamente da análise de denúncias contra a atual diretoria do banco encaminhadas à Assembléia Legislativa”.
Segundo a Nossa Caixa, “é falsa a afirmação de que a demissão ocorreu por retaliação”. O banco diz que a causa foi a concessão irregular de empréstimos. A estatal nega ainda a violação do sigilo: “Não há quebra de sigilo quando a instituição financeira acessa os dados das contas correntes que administra”. A matéria acrescenta que “assessores do presidente do banco, Carlos Eduardo Monteiro, acreditam que Ferreira faz a acusação para se aproveitar do clima criado com a quebra de sigilo do caseiro Francenildo Costa, em Brasília”.
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Antes do episódio do caseiro, porém, o ex-gerente já havia formalizado queixa-crime contra a quebra do seu sigilo. O inquérito encontra-se em andamento na 2ª Vara Criminal Federal. “O sigilo é um direito constitucional meu, individual. O banco alegou que, por normas internas, poderia quebrá-lo. Isso está sendo analisado no Ministério Público”, relata Eliel Ferreira.
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