A assessoria de comunicação da Controladoria-Geral da União (CGU) divulgou há pouco a conclusão do processo administrativo disciplinar de demissão do ex-diretor de Administração da Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos (ECT) Antônio Osório Menezes Batista. Indicado pelo PTB, Batista havia perdido o cargo de direção no ano passado, envolvido na denúncia de corrupção que detonou a CPI dos Correios. Agora, no entanto, foi demitido da empresa.
Segundo a CGU, a comissão responsável pelo processo identificou que Batista absteve-se de realizar processo licitatório adequado. Além disso, narra o comunicado da CGU, prestou informações privilegiadas a fornecedores que poderiam vir a participar de concorrência pública. "E recomendou autorização indevida para o restabelecimento do equilíbrio econômico de contrato administrativo, bem como assinou termo aditivo que efetivou essa decisão."
Batista, na condição de diretor de Administração da ECT, atuou diretamente para a revisão do valor de contrato que a empresa mantinha com prestadores de assistência técnica de automação das agências dos Correios, diz a nota à imprensa da CGU. "Esse processo resultou em termo aditivo que elevou indevidamente, segundo a comissão, em R$ 5,5 milhões o valor repassado ao consórcio responsável pelos serviços", afirma o texto.
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O processo de Batista, técnico de planejamento e pesquisa do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), de acordo com a CGU, é o segundo a ser concluído, de três instaurados pelo órgão contra ex-diretores dos Correios, envolvidos em denúncias de corrupção. No dia 25 de setembro uma comissão de processo disciplinar decidiu pela rescisão, por justa causa, do contrato de trabalho da ECT com o ex-diretor de Tecnologia e Infra-estrutura Eduardo Medeiros de Morais. (Lúcio Lambranho)
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