Ricardo Afonso das Neves Leitão, ex-diretor financeiro da Prece (previdência complementar dos funcionários da Companhia Estadual de Águas e Esgotos do Rio de Janeiro), disse em seu depoimento à CPI dos Correios que reverteu um déficit de R$ 27,9 milhões na entidade para um lucro de R$ 15 milhões. O ex-diretor financeiro depõe na Sub-Relatoria de Fundos de Pensão da CPI dos Correios.
No entanto, ele admitiu que, antes de atuar na diretoria financeira, não havia tido experiência com negócios no mercado financeiro. Ainda assim, negou interferência política em sua nomeação e em suas decisões. "Não tenho vinculação política", afirmou.
O sub-relator de Fundos de Pensão, deputado Antonio Carlos Magalhães Neto (PFL-BA), lembrou ao depoente que o banco Melo Brascan foi contratado na gestão de Ricardo Leitão como administrador dos negócios da Prece. A CPI busca possíveis irregularidades também na atuação desse administrador. Leitão explicou que o banco foi contratado porque a Prece buscava a garantia de que seus negócios seriam feitos de acordo com a regulamentação do mercado. "O Melo Brascan tinha experiência", afirmou o ex-diretor. Ele considerou normal a atuação do banco durante sua gestão. A diretoria financeira, disse, acompanhava as atividades do Melo Brascan por meio de relatórios enviados pelo próprio banco.
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