Em depoimento à comissão de sindicância da Corregedoria da Câmara, a ex-assessora do Ministério da Saúde Maria da Penha Lino, apontada como uma das peças-chave da organização dos sanguessuga, confirmou que parlamentares recebiam propina em troca do direcionamento de recursos do Orçamento da União para a compra de ambulâncias superfaturadas.
Maria da Penha sugeriu que a comissão de sindicância requisite ao Supremo Tribunal Federal (STF) o back up feito por ela nos computadores da Planam, empresa qie comandava a máfia dos sanguessugas.
“Essa mulher é bombástica”, afirmou o deputado Odair Cunha (PT-MG), um dos integrantes da comissão. Em rápida entrevista à imprensa após o depoimento, Maria da Penha disse que é preciso “passar o país a limpo” e saiu em defesa da deputada Juíza Denise Frossard (PPS-RJ), que teria sido citada indevidamente no início do escândalo. “Eu tenho uma coisa a declarar: eu não falei o nome da Denise Frossard”, disse.
Segundo o corregedor-geral, Ciro Nogueira (PP-PI), Maria da Penha está preocupada porque até agora o juiz da 2ª Vara Federal do Mato Grosso não respondeu se aceitará o acordo de delação premiada feito por ela com a Polícia Federal e o Ministério Público. A indefinição estaria inibindo Maria da Penha, que está presa preventivamente em Cuiabá, a fazer novas revelações.
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Antes da ex-assessora do Ministério da Saúde, os deputados interrogaram Darci José Vedoin, apontado como chefe da organização criminosa. Questionado sobre o pagamento de propina a parlamentares, Vedoin transferiu a responsabilidade para o filho, Luiz Antônio Vedoin. Segundo ele, era o filho quem cuidava das empresas da família.
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