A situação do deputado Romeu Queiroz (PTB-MG), que responde a processo de cassação no Conselho de Ética, se complicou nesta quarta-feira. O ex-assessor do petebista Paulo Leite Nunes admitiu ter sacado, para o parlamentar, R$ 150 mil da conta da SMP&B, do empresário Marcos Valério, no Banco Rural, onde era pago o suposto mensalão. Descontadas as taxas bancárias e impostos, o ex-assessor saiu do banco com R$ 102.812. A operação foi registrada em 31 de agosto de 2004. Nunes, que depôs ao conselho como testemunha no processo contra Queiroz, afirmou que fez o saque a pedido da secretária dele.
Nunes disse que a secretária do petebista lhe passou uma lista com vários números de contas bancárias nas quais o dinheiro seria repassado. O ex-assessor, que disse ser amigo do parlamentar há 30 anos, relatou que fez um dos depósitos, de R$ 50 mil, na conta de Queiroz. Outros R$ 18 mil, em espécie, levou para o gabinete do parlamentar e deixou nas mãos da secretária. Ao conversar com ela dias depois, Nunes descobriu que o dinheiro foi dividido entre membros do PTB em Minas Gerais.
O processo contra Queiroz foi aberto depois que o presidente do PL, Valdemar Costa Neto, encaminhou uma representação contra o parlamentar ao Conselho de Ética. O petebista aparece na lista apresentada por Simone Vasconcelos, diretora financeira da SMP&B, como beneficiário de um saque de R$ 350 mil nas contas da empresa. Queiroz admitiu ter recebido outros R$ 102 mil da Usiminas, que foram intermediados por Marcos Valério. Disse que pegou o dinheiro a pedido do ex-deputado Roberto Jefferson (PTB-RJ).
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