Suspeito de ter vazado os dados bancários do caseiro Francenildo Costa para a revista Época, o jornalista Marcelo Netto, ex-assessor de Antonio Palocci, depôs hoje à Polícia Federal. Ele ficou três horas e meia na PF, em Brasília, e usou da prerrogativa de depor na condição de investigado para não responder às perguntas relacionadas à divulgação do extrato bancário do caseiro.
O delegado da PF Rodrigo Carneiro Gomes não o indiciou porque acredita que, até agora, não há nenhum elemento ou depoimento que comprometa Marcelo Netto. O ex-assessor de Palocci se limitou a declarar que estava abalado, nos últimos dias, por causa do envolvimento do seu nome no episódio e a se colocar à disposição da PF para prestar um novo depoimento, se necessário.
Netto saiu da Polícia Federal sem falar com a imprensa. O jornalista estava na casa de Palocci na noite do dia 16 de março, quando o ex-presidente da Caixa Econômica Federal Jorge Mattoso entregou o extrato do caseiro “nas mãos” de Palocci.
O advogado de Netto, Roberto Toledo, disse que seu cliente é inocente e tentou justificar a presença do ex-assessor na casa de Palocci na noite do dia 16 de março. “Meu cliente era assessor de imprensa do ministro. A presença dele no ministério ou na casa do ministro se justificava pela função que exercia no momento”, afirmou.
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