Ao defender a cassação do mandato de João Paulo Cunha (PT-SP), o deputado Cezar Schimer (PMDB-RS) disse que baseou o seu parecer em três pontos: o saque feito pela mulher do parlamentar, no valor de R$ 50 mil, das contas do empresário Marcos Valério, numa agência do Banco Rural; a omissão de informações importantes para ocultar o saque, e as irregularidades na contratação da SMP&B (agência deValério) pela Câmara, durante a gestão do petista.
Schirmer abriu seu discurso com uma dura resposta a João Paulo, que o chamou de mentiroso e omisso durante a votação do relatório no Conselho de Ética, em março. "Eu não minto, deputado João Paulo Cunha. Vossa Excelência não me conhece. Não somos iguais", afirmou o relator.
O peemedebista disse que não respondeu à altura as acusações de João Paulo porque atribuiu as declarações, naquele momento, ao calor da "refrega". "Não tem avaliações subjetivas, e sim fatos comprovados. É objetivo e direto. É um parecer. Não um panfleto", destacou Schirmer.
O relator disse que os documentos apresentados pela defesa do deputado foram determinantes para que ele formasse o juízo de que João Paulo faltou com o decoro parlamentar.
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