O deputado federal Eduardo Bolsonaro (PSL-SP) afirmou neste domingo (31) que considera a criação de um escritório comercial brasileiro em Jerusalém, anunciada pelo presidente Jair Bolsonaro em visita a Israel, “o primeiro passo” para a mudança de local da embaixada.
Hoje a diplomacia brasileira no país está sediada em Tel Aviv, mas Bolsonaro falou em mais de uma ocasião em fazer a transferência para Jerusalém. A cidade é considerada sagrada por cristãos, judeus e muçulmanos, mas seu reconhecimento como capital israelense não tem consenso internacional.
“[A abertura do escritório] é o primeiro passo para a mudança definitiva da embaixada”, publicou o parlamentar por meio de sua conta no Twitter. Eduardo, que preside a Comissão de Relações Exteriores da Câmara dos Deputados, não acompanha o pai na viagem. O deputado fez uma comparação com os Estados Unidos, onde a mudança da embaixada para Jerusalém foi aprovada pelo Congresso Nacional em 1995, ainda na presidência de Bill Clinton, mas só foi concretizada quando um presidente – Donald Trump, no ano passado – pôs a ideia em prática.
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O assunto é considerado delicado no Brasil, entre outros motivos, devido ao risco de represália comercial por parte de nações em conflito com Israel, para os quais a mudança de embaixada seria vista como um movimento hostil. Países árabes haviam prometido “retaliações” ainda no ano passado se a intenção fosse executada.
Em pronunciamento ao lado do primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, Bolsonaro disse que a decisão teve o aval decisivo do ministro do Gabinete de Segurança Institucional (GSI), general Augusto Heleno, e que a ideia é que haja “um escritório de negócios voltado para a ciência, tecnologia e inovação”.
Além do escritório, os governos de Brasil e de Israel firmaram cinco acordos de cooperação em diferentes áreas (defesa, serviços aéreos, combate ao crime organizado, ciência e tecnologia), além de um “memorando de entendimento” em segurança cibernética.
Na semana passada, o embaixador de Israel no Brasil, Yossi Shelley, disse que “a discussão toda sobre a [mudança de] embaixada é que se trata de uma questão técnica”.
Agenda em Israel
Bolsonaro e Netanyahu têm ainda neste domingo um encontro privado e depois ampliado com os ministros de ambos os países. À noite, haverá uma cerimônia de homenagem a Bolsonaro, oferecida por Netanyahu e sua mulher, Sara.
Para a segunda-feira (1º), está prevista a visita de Bolsonaro à Unidade de Contra-Terrorismo da Polícia israelense, além de uma cerimônia de condecoração da Insígnia da Ordem Nacional do Cruzeiro do Sul à Brigada de Busca e Salvamento do Comando da Frente Interna de Israel. Já na terça (2), o presidente recebe CEOs de empresas israelenses e israelenses-brasileiras, participa de encontro empresarial Brasil-Israel e almoça com os empresários. A expectativa de retorno ao Brasil é na quarta-feira (3).
>> Bolsonaro cita volta a “tratamento equilibrado” sobre Oriente Médio em chegada a Israel
Os árabes vão dar o troco com relação às exportações de carnes. Continua lambendo a bota do Trump.
Esse tal de Eduardo Bolsonaro é um Zé mané essa posse vai acabar em breve….