Thomaz Pires
A senadora e ex-ministra do Meio Ambiente Marina Silva (PV-AC) disse neste sábado (19) estar frustrada com os resultados da 15ª Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas (COP-15), encerrada nessa sexta-feira (18) em Copenhague, na Dinamarca.
Para a ex-ministra, “o Brasil não foi capaz de se comprometer e não conseguiu um acordo à altura do planeta com as metas e o aporte de recursos”. A senadora e pré-candidata ao Planalto esteve na Convenção Nacional do Partido Verde (PV), na Assembleia Legislativa de São Paulo. Segundo ela, o Brasil perdeu a oportunidade de ser exemplo aos demais países países presentes na 15ª Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas.
A Convenção Nacional do PV é realizada para referendar os nomes de dez indicados por Marina Silva para compor a Executiva do partido, bem como o conselho nacional e a coordenação nacional, que vai comandar a campanha à sucessão presidencial em 2010.
“Fracasso histórico”
Várias ONGs ambientalistas, como o Fundo Mundial para a Natureza (WWF), a Oxfam, a AVaaz e a sociedade Amigos da Terra, criticaram duramente o que chamaram de “fracasso histórico”, o acordo firmado pelos países ao final da cúpula de Copenhague. O documento, assinado por cerca de 30 países, ainda será submetido à votação, mas as minutas que já circularam indicam a sua timidez.
“Após anos de negociações, há uma declaração que não vincula ninguém e não garante o futuro das gerações vindouras”, manifestou o chefe da Iniciativa Global do Clima da WWF, Kim Cartensen, de acordo com reportagem do IG e Agência Efe.
Para o diretor-executivo da Oxfam Internacional, Jeremy Hobbs, o Acordo de Copenhague é o “triunfo da propaganda acima da substância”. Ele diz que os líderes devem “voltar à mesa de negociação no início de 2010” para adotar “decisões políticas urgentes”.
Por sua parte, a Amigos da Terra, classificou o acordo de Copenhague como “fracasso abjeto”.”Ao atrasar a ação, os países ricos condenaram milhões de pessoas mais entre as pobres do mundo à fome, ao sofrimento e à perda da vida conforme a mudança climática se acelera”, apontou o presidente da entidade, Nnimmo Bassey.Ele disse sentir “nojo” do fracasso dos países ricos.
Deixe um comentário