O primeiro discurso em 11 dias do ministro da Fazenda, Antonio Palocci, desde as revelações do caseiro Francenildo dos Santos Costa, agradou aos empresários que foram hoje à sede da Câmara Americana do Comércio (Amcham), em São Paulo, ouvi-lo.
Na avaliação do presidente da American Express e do Conselho de Administração da Amcham, Hélio Magalhães, o ministro Palocci acertou ao destacar que a economia do país não vai ser contaminada pela crise política. “Foi a mensagem mais importante e o que queríamos ouvir: a economia não vai sofrer com a crise política”, declarou.
Mais importante do que a permanência de Palocci no governo, segundo Magalhães, é a continuidade do crescimento econômico e da geração de empregos. “Não quero falar em hipóteses sobre a saída de Palocci. O importante é que parece que a economia está no rumo certo”, afirmou.
O vice-presidente da Sherwin Williams, Mark Pitt, destacou que o discurso do ministro era “previsível”, ao indicar que o país manteria a rota de crescimento econômico em qualquer circunstância. Pitt acrescentou que não viu o discurso como uma despedida. “Entendemos que qualquer troca de ministro seria muito ruim num período eleitoral”, ponderou.
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O empresário Sérgio Haberfeld, ex-presidente Dixie Toga, pensou o contrário. “Para mim, o discurso de Palocci soou como uma despedida”. Haberfeld, no entanto, foi enfático ao defender o ministro. Mas disse que uma eventual mudança no ministério não deve trazer grandes impactos à economia. “Felizmente, graças a Deus, podemos hoje ter a saída de um ministro e isso não fará diferença, não mudará nada.”
“Palocci foi brilhante e é triste termos uma tentativa de envolver a política com a economia. O ministro Palocci reconheceu que o trabalho de estabilização da economia foi iniciado pelo ex-ministro Pedro Malan, e, além disso, indicou estar pensando no Brasil e não em partido”, avaliou.
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