O empresário português Idalécio de Oliveira é apontado como a origem da propina repassada ao presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha (PMDB-RJ). Ele é dono da Lusitânia Group, grupo que controla a Compagnie Béninoise des Hydrocarbures (CBH), que explorou campo de petróleo em Benin em parceria com a Petrobras. As informações são da Folha de S. Paulo.
O empresário, que é pouco conhecido no país europeu, tem trânsito livre na África. Oliveira foi diretor na petroleira Chariot, que operava na Namíbia. Depois do período como empregado, procurou, sozinho, fazer negócios que atraiam capital de grandes petroleiras. Segundo reportagem, um ex-executivo da Petrobras, o geólogo Ricardo Sanchez, fazia parte de sua equipe.
A ligação entre Oliveira e a Petrobras durou quatro anos, mesmo período que a estatal explorou o campo de Benin. Em 2011, a companhia brasileira adquiriu 50% do bloco exploratório número 4 da cidade. O objetivo, conforme explica nota divulgada na ocasião, era “buscar oportunidades em águas profundas e ultraprofundas na região.”
No início, a operação foi feita apenas com a CBH. Posteriormente, a Shell entrou no negócio, comprando 20% da CBH e 15% da Petrobras. O consórcio chegou a perfurar um poço onde encontraram indícios da existência de petróleo, mas abandonaram o projeto em julho deste ano.
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A reportagem informa que tentou contato coma Lusitânia, mas que não teve resposta. A Petrobras não quis se pronunciar.
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