Apontado como líder do cartel de empresas que dominava os contratos na estatal, Ricardo contou que transferiu R$ 1 milhão ao PMDB alagoano, que repassou o dinheiro à campanha do filho do presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL). As transações foram feitas em duas parcelas, em agosto e setembro. Renan, o pai, também é investigado no Supremo Tribunal Federal (STF), suspeito de ter recebido propina do esquema de corrupção desmontado pela Operação Lava Jato.
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O empresário aceitou o acordo de delação premiada e se comprometeu a detalhar, nos próximos dias, como as empreiteiras atuavam em cartel e quais políticos eram beneficiados pelo esquema. O ex-diretor da Petrobras Paulo Roberto Costa assegura que Renan e outros líderes do PMDB receberam parte dos recursos desviados após terem garantido a ele apoio para se manter no cargo, ao qual havia chegado por indicação do PP.
Renan e Renan Filho negam envolvimento com as irregularidades. O governador disse à Folha que todas as doações que recebeu para sua campanha foram de acordo com a legislação eleitoral. O governador, de 36 anos, teve 40% de sua campanha bancada por empreiteiras acusadas de participar do cartel na Petrobras: OAS, Queiroz Galvão, Andrade Gutierrez, Odebrecht, Camargo Corrêa e Serveng Civilsan.
De acordo com a reportagem, o empreiteiro contou que outro governador e pelo menos dez congressistas também receberam propina de suas empresas. No ano passado, a UTC e a Constran doaram R$ 54,5 milhões a campanhas políticas.
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