Ao propor emendas às medidas provisórias e projetos de lei do Programa de Aceleração do Crescimento, parlamentares evidenciam a tentativa de ampliar as vantagens de seus redutos eleitorais, conforme destaca a edição de hoje do Correio Braziliense.
O deputado Albano Franco (PSDB-SE), por exemplo, quer destinar ao Nordeste 50% dos R$ 5,2 bilhões previstos para financiar saneamento básico e habitação popular em todo o país. Já José Maranhão (PMDB-PB) sugere que 25% da verba do PAC seja destinada aos municípios nordestinos.
O senador Augusto Botelho (PT-RR) solicitou prioridade na divisão dos recursos para os municípios abrangidos pelas superintendências de Desenvolvimento da Amazônia (Sudam) e do Nordeste (Sudene). Enquanto o ex-governador de Goiás e hoje senador Marconi Perillo (PSDB) quer direcionar 25% dos recursos do PAC para o Centro-Oeste.
Assim como há defesa do regionalismo na hora de fazer as propostas, teme-se que as regiões defendidas pelos relatores acabe prevalecendo na hora de aprovar ou recusar as medidas sugeridas. O deputado Fernando de Fabinho (PFL-BA), por exemplo, já avisou que poderá priorizar o Nordeste para reduzir as desigualdades sociais. Integrante de bancada nordestina, ele será relator de cerca de 80 emendas. "Não há dinheiro para tudo, mas a realidade social no Nordeste é bem diferente do restante do país e, se atender a emendas significa corrigir um pouco essa disparidade, vamos contemplar sim", garantiu em entrevista ao Correio Braziliense.
Deixe um comentário