A Folha apontou três prefeituras do Rio Grande do Norte que contrataram a empresa do assessor do deputado nos últimos anos para executar obras bancadas pelas emendas parlamentares de Henrique Eduardo. Os prefeitos desses municípios também eram do PMDB. Aluizio é tesoureiro do partido no Rio Grande do Norte. O parlamentar é presidente do diretório estadual.
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Henrique Eduardo Alves está no 11º mandato consecutivo na Câmara. É líder do PMDB há sete anos. Sua candidatura tem o apoio do Planalto e dos maiores partidos, tanto do governo quanto da oposição.
Pedido por ofício
Entre os casos citados pela reportagem, está a destinação de R$ 200 mil de suas emendas para a construção de uma praça em Campo Grande, a 265 km de Natal. O deputado pediu a liberação por meio de ofício enviado ao Ministério do Turismo. Segundo a Folha, as emendas do líder do PMDB também abasteceram obras executadas pela empresa do assessor do deputado nos municípios de São Gonçalo do Amarante e Brejinho, em 2008, por meio do Ministério das Cidades.
Por meio de sua assessoria, Henrique negou irregularidades e disse que sua atuação, no caso, limitou-se a acompanhar o processo político na indicação das emendas. O assessor, por sua vez, afirmou não ver conflito de interesse em ter uma empresa que recebe recursos de emendas direcionadas pelo chefe.
Laranja e enriquecimento ilícito
Esta foi a única suspeita levantada contra Henrique Eduardo neste fim de semana. Reportagem publicada pela revista Veja sustenta que o deputado repassa, todos os meses, R$ 8,3 mil de sua cota parlamentar para uma empresa registrada em nome de uma laranja, ligada a um ex-assessor de seu partido. O dinheiro é usado no aluguel de veículos, segundo a prestação de contas apresentada pelo deputado.
Henrique Eduardo contrata empresa de laranja, diz revista
Também neste domingo, o jornal O Estado de S. Paulo destacou que Henrique Eduardo é acusado pelo Ministério Público Federal de enriquecimento ilícito numa ação de improbidade administrativa. Em novembro, o líder do PMDB conseguiu adiar decisão sobre a quebra de seu sigilo fiscal e bancário, bem como de suas empresas, por meio de recurso judicial.
O processo é movido desde 2004 pelo MPF. Na ação, o peemedebista é acusado de manter ilegalmente milhões de dólares fora do país. Os autos correm sob segredo de Justiça na 16.ª Vara Federal em Brasília.
Em 2002, o deputado chegou a ter seu nome cogitado para ser vice do candidato a presidente José Serra (PSDB). Mas acabou preterido após a denúncia feita pela ex-mulher de que ele mantinha US$ 15 milhões no exterior.
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