“Seu irmão [Raúl Castro] anuncia a cremação do corpo para logo mais. Cremar por que, Raúl, se ele já está ardendo nas profundezas do inferno?”, provocou o parlamentar, capitão do Exército entre 1979 e 1981, quando a Guerra Fria polarizava o mundo entre capitalistas, com os Estados Unidos à frente, e comunistas, capitaneados pela então União Soviética (cuja dissolução resultou na separação da Rússia de outros países). Naquela época, a Cuba de Fidel era financiada pelos soviéticos e representavam uma ameaça à hegemonia dos EUA nas Américas.
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Militar como Fidel, Bolsonaro é um dos principais críticos do regime socialista ainda em curso na ilha caribenha, desde 2008 sob o comando de Raúl Castro, irmão do “El Comandante”. Na sequência do vídeo, ele volta sua artilharia para partidos adversários na Câmara.
“Fidel Castro, um grande exterminador de liberdades e promotor da miséria do mundo todo, certamente terá ao lado de ídolos do PT, PCdoB e Psol uma estadia eterna nas profundezas do inferno”, acrescentou o deputado, réu no Supremo Tribunal Federal por apologia ao crime de estupro.
Em 9 de novembro, o Conselho de Ética da Câmara rejeitou o processo aberto contra o deputado por apologia ao crime de tortura durante a votação da admissibilidade do processo de impeachment de Dilma Rousseff. Na ocasião, Bolsonaro, ao proferir seu voto, homenageou o coronel do Exército Carlos Alberto Brilhante Ustra, morto em 2015. Ustra é formalmente declarado torturador pela Justiça brasileira e, segundo relatos, foi um dos mais cruéis agentes da ditadura militar (1964-1985).