O presidente Lula deve realizar a reforma ministerial a conta-gotas. Foi o que informou hoje (14) ao deputado federal Paulo Pereira da Silva (PDT-SP) o ministro das Relações Institucionais Tarso Genro, informa a Folha Online. Segundo o deputado do PDT, Lula definirá os novos membros do governo assim que as pendências de cada pasta forem resolvidas.
Paulo Pereira declarou que seu interlocutor Tarso Genro, por exemplo, assumirá na sexta-feira o Ministério da Justiça, no lugar de Márcio Thomaz Bastos. O deputado paulista dá como quase certa também a indicação de Carlos Lupi, presidente do PDT, para a pasta da Previdência.
“Está tudo resolvido. Agora, é só esperar o presidente anunciar”, afirmou Paulo Pereira ao portal G1.
Para o lugar de Genro nas Relações Institucionais, o preferido de Lula é Walfrido dos Mares Guia (PTB), que deixaria a pasta de Turismo. Para lá, cogita-se a ida da ex-prefeita de São Paulo, a petista Marta Suplicy. O PT também quer indicar nomes para o ministério do Desenvolvimento Agrário e a Secretaria de Direitos Humanos.
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O presidente Lula deve informar ao PMDB que o partido ficará com quatro ministérios, embora a legenda insista em ocupar mais um – Agricultura ou Previdência. Além das pastas de Comunicação (Hélio Costa) e Minas e Energia (Silas Rondeau) – indicações do Senado –, o partido deve ganhar a Integração Nacional, com a nomeação do deputado baiano Geddel Viera Lima, e o Ministério da Saúde, com a indicação de José Temporão.
Este, no entanto, é um dos pontos de discórdia entre peemedebistas: Temporão foi indicado pelo governador do Rio de Janeiro, Sérgio Cabral. Portanto, deputados do PMDB alegam que ele seria da cota do Senado. Se o quinto ministério falhar, a bancada na Câmara deve pedir ao presidente cargos em estatais e bancos públicos.
O ministro do Desenvolvimento, Luiz Fernando Furlan, deve mesmo sair. Empresários do setor de construção civil confirmaram que o presidente Lula procura um ministro com um perfil mais desenvolvimentista. Nos Transportes, sob o comando do PR, deve voltar o senador Alfredo Nascimento, que retorna ao cargo depois de disputar as eleições passadas. Márcio Fortes (PP), nas Cidades, e Fernando Haddad (PT), na Educação, devem permanecer nas respectivas pastas.
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