“Jamais deixarei a luta política. Posso ter que mudar a forma, o local e o uniforme, mas o sentido da minha vida é lutar por sonhos e causas. Nunca lutei por questões pessoais”, afirmou na entrevista. Além da prisão, Genoino deve enfrentar um processo de cassação do mandato, apesar de não ser o suplente do cargo. Como pediu licença médica, ainda recebe os R$ 26,7 mil do salário de deputado. Em setembro, entrou com um pedido de aposentadoria por invalidez, que ainda não foi analisado.
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A entrevista foi concedida ao diretor da sucursal da Istoé em Brasília, Paulo Moreira Leite, na quarta-feira (20), um dia antes de Genoino ser levado ao Instituto de Cardiologia do Distrito Federal (ICDF) após sentir um mal súbito. A suspeita inicial era que o petista teria sofrido um infarte. Depois de uma série de exames, a hipótese acabou descartada. Ele será submetido a novos testes hoje (23) para embasar a decisão do relator do mensalão, Joaquim Barbosa, sobre o pedido de prisão domiciliar feito por sua defesa.
Questionado o motivo de se considerar um preso político, Genoino respondeu: “Não cometi nenhum crime. Fui condenado por ser presidente do PT”. Segundo o petista, todas as contas do partido foram aprovadas pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE) e os empréstimos foram quitados. Para ele, o partido provou, “em parte”, do próprio veneno. Foi a resposta ao questionamento de, quando estava na oposição, a sigla ter estimulado denúncias de caráter moral e que nem sempre era capaz de sustentar.
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