Em dia de mais um jogo da seleção brasileira de futebol na Copa do Mundo, os servidores do Senado estão dispensados do trabalho por decisão da diretoria-geral da Casa. Justificativa oficial: as dependências do local passarão por dedetização e desratização nesta sexta-feira (4). “Essa ação está em conformidade com as orientações técnicas da zoonoses de Brasília e será realizada por equipe especializada. O trabalho inclui a aplicação de inseticidas e raticidas e a limpeza do ambiente”, consta de trecho do comunicado encaminhado aos funcionários.
Além disso, os funcionários receberam uma mensagem de que o fornecimento de água seria interrompido no prédio do anexo 1 do Senado em razão de reparos na tubulação.
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O Senado também aproveitou que o governo do Distrito Federal anunciou ponto facultativo nos dias 26 e 30 de junho, quando Brasília sediou jogos do Mundial, para suspender o expediente no último dia 27, sexta-feira passada. No comunicado aos servidores, a diretoria-geral da Casa disse que estava “considerando o princípio da economicidade e a não realização de sessões deliberativas no plenário ou nas comissões”. Detalhe: normalmente não há sessões deliberativas às sextas.
Os servidores do Senado também foram liberados no dia 20 de junho, sexta seguinte ao feriado de Corpus Christi. A diretoria alegou que houve um aumento significativo de ataques de hackers ao sistema de informática da Casa em decorrência dos eventos realizados no Brasil e dos consequentes protestos e que, por isso, o centro de informática e processamento de dados do Senado instalaria um controle de bancos de dados naquela data — para isso, havia a necessidade de paralisação dos sistemas.
Calendário dos senadores
O Congresso em Foco já mostrou que, por causa dos jogos da Copa e, principalmente, das campanhas eleitorais, o Senado reduziu quase à metade o número dos dias que restavam para as sessões deliberativas até dezembro.
Havia a previsão de que 77 dias, incluindo junho, seriam destinados a sessões deliberativas, considerando-se apenas as terças, quartas e quintas-feiras. Mas 34 foram riscados do calendário dos senadores — nesses dias, suas presenças e ausências não serão contabilizadas, a exemplo do que costuma ocorrer às segundas e sextas, quando as sessões tradicionalmente são utilizadas apenas para discursos.
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